A pesquisa mensal da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) demonstrou estabilidade no setor em janeiro na comparação com o mesmo período de 2018. No entanto, houve queda de 9% em relação ao último mês de dezembro.
Fatores que levaram ao resultado em janeiro
O desempenho sem muito ânimo já estava previsto uma vez que não é atípico para o início do ano. O mês de janeiro é tipicamente apresentado pelas férias escolares e é quando muitas famílias aproveitam para viajar. Além disso, o período chuvoso também impossibilita reformas e dificulta o bom andamento do trabalho nos canteiros de obras.
Outros fatores são levantados pelo presidente da Anamaco, Cláudio Conz, para justificar o resultado do setor. “Início do ano é sempre complicado porque é o período de pagamento de impostos como IPTU e IPVA, além de custos extras de retorno às aulas e as contas do cartão de crédito de dezembro”, comentou o presidente executivo da entidade.
Quando as vendas começam a melhorar no segmento?
As vendas de materiais da construção civil fecharam o ano passado com aumento de 6,5% e atingiram um faturamento recorde de R$ 122 bilhões. As vendas vão começar a melhorar após a semana do carnaval, em março, que o brasileiro naturalmente entende como o momento em que “o ano começa” de fato.
Regiões que sofreram impacto nas vendas e otimismo dos varejistas
A Pesquisa Tracking mensal identificou que todas as regiões brasileiras tiveram resultados negativos para o mês ante a dezembro. A região Nordeste foi a que mais sofreu impacto com queda de 26% nas vendas. Em seguida, foi o Norte com 15%. Também foram prejudicados o Sudeste brasileiro (12%), Sul (9%) e Centro-Oeste (3%).
Ainda que os números não sejam muito favoráveis, o otimismo toma conta de grande parte dos varejistas. De acordo com o estudo, 86% dos entrevistados disseram estar otimistas com o novo governo e 45% querem realizar investimentos nos próximos 12 meses. Outros 20% disseram que pretendem contratar novos colaboradores até o final de fevereiro.
Categorias que tiveram alta e baixa
A categoria de tintas pontuou a maior retração no período com desaceleração de -40%. A categoria com desempenho ruim também foi a de revestimentos cerâmicos (-17%). Apresentaram alta de 4% as telhas de fibrocimento. “O aumento do volume de chuvas ocasiona obras de reparo, mas as obras mais estruturais acabam ficando pra depois”, completou Conz.
Fonte: Vitrine do Varejo