Representatividade importa e gera lucro

Estudos apontam que empresas com maior diversidade cultural, étnica e de gênero apresentam melhores desempenhos financeiros em relação a organizações com menor atenção ao tema.
Sabe-se intuitivamente que toda empresa tem um papel social importante. Em uma sociedade com tamanha variedade cultural, a diversidade no ambiente corporativo deve ser encarada não apenas pela importância do respeito e da valorização das diferenças, mas, em se tratando de negócios, especificamente, como algo rentável e melhores entregas de resultados.
De acordo com a psicóloga e sócia fundadora da Trajeto RH, consultoria especializada em treinamento e desenvolvimento, Luciana Guedes Pinto, pesquisas recentes têm apontando, cada vez mais, que “empresas que se preocupam com a diversidade de gênero, raça ou etnia tendem a obter retornos financeiros acima da média do setor”. Além disso, segundo a consultora, isso pode propiciar aumento da vantagem competitiva da corporação, como é o caso da start-up Nubank. A empresa, que conquistou espaço focando os brasileiros mais jovens, se tornou a sexta maior instituição financeira do país em número de clientes, com dez milhões. Em três anos, suas receitas se multiplicaram por 45 – de R$ 28 milhões em 2015 para R$ 1,3 bilhão no ano passado.
Lançada em 2014, a Nubank é hoje a maior fintech da América Latina. Cinco anos após o lançamento do produto, atualmente a empresa tem mais de 1.700 colaboradores. Entre eles, estão funcionários de mais de 25 nacionalidades (mexicanos, indianos, canadenses, australianos, americanos e holandeses). Além disso, conta com a atuação de uma grande comunidade LGBT (cerca de 30% da equipe) e alta participação de mulheres (40%) em todas as funções e níveis de senioridade.
A última pesquisa divulgada pela McKinsey & Company, firma global de consultoria estratégica, mostra os resultados da diversidade no ambiente corporativo e, principalmente, como as organizações podem criar melhores estratégias de inclusão para mulheres e minorias. As empresas com maior diversidade de gênero da amostra (no quartil superior) têm 21% mais chances de apresentar resultados acima da média do mercado do que as companhias com menor diversidade do grupo. No caso da diversidade cultural e étnica, a variedade é ainda mais premiada e esse número sobe para 33%.
O relatório Delivering through diversity não é o primeiro feito pela McKinsey sobre o tema. A pesquisa foi realizada em 12 países. Em 2014, foi realizado o mesmo estudo de comparação e os resultados foram parecidos. As melhores empresas em diversidade de gênero tinham, então, 15% mais chances de ter lucros acima da média. Em relação à diversidade étnico-cultural, a probabilidade de performance melhor era ainda maior (35%).
Para Luciana, quando as corporações reconhecem a diversidade como fator de inovação, criatividade e vantagem competitiva, se esforçam para criar um ambiente de trabalho em que todos se sentem bem e confortáveis em se expressar. “Tudo isso faz com que haja menor rotatividade, maior dedicação e vontade de crescer com a empresa. Quando se valoriza o ‘diferente’, as pessoas se sentem mais motivadas e os produtos passam a ser focados em públicos distintos”, afirma.
Fonte: Varejo s.a

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