O que definiu o varejo em 2019?

Alguns assuntos ganharam relevância nos principais eventos de varejo do mundo em 2019, a começar pela NRF Big Show, evento da National Retail Federation que reuniu milhares de pessoas no mês de janeiro em Nova York (EUA).
O arquiteto, consultor e CEO da MQ Design de Consumo, Mauricio Queiroz, participa todos os anos do evento e preparou uma lista com 5 temas que ajudaram a definir o varejo brasileiro no ano passado. E ainda dá uma dica do que esperar de 2020. Confira:
Omnichannel
Já se fala há muito tempo sobre esse tema, que significa a interligação total entre os vários canais de uma marca. Por mais que se fale há bastante tempo, o varejo brasileiro vinha levando esse ponto como uma possibilidade para o futuro, tendo isso como algo que não valeria a pena ter grandes investimentos neste momento.
Mas 2019 foi o ano da mudança dessa visão. Os varejistas e a indústria entenderam que esse é o caminho estratégico e não mais uma questão futura. Ou seja, ou as empresas adotam o omnichannel ou ficarão para trás de outros players do mercado.
Transformação digital
Engloba o omnichannel também, mas é mais ampla. Empresas analógicas começaram a ver como o digital pode fazer parte da vida da sua organização. Por exemplo, sistemas de conferência de estoque com RFID (mapeamento dos dados do produto em todo percurso) passam a ser fundamentais.
Essa tendência vista em 2019 aborda temas como a cultura interna das empresas: para dar certo, toda equipe precisa passar por uma mudança de mindset.
Propósito e Transparência
As pessoas entenderam que hoje tudo é muito transparente. O que as pessoas sabiam de uma empresa era o que se divulgava, colocava no produto ou trabalhava no marketing. Com a massificação da internet, tudo é muito transparente e qualquer informação é disseminada muito rapidamente.
Essa transparência em termos de sustentabilidade, escolha de matéria-prima ou sobre a cultura organizacional acaba sendo muito importante para os consumidores.
Em relação ao propósito, as pessoas cada vez mais se perguntam o porquê de um produto e por que as pessoas chegam até ali – referindo-se às escolhas. A marca Patagônia, de equipamentos e roupas para esportes, tem suas lojas feitas com produtos reaproveitados, onde você pode doar um produto mais antigo que será transformado e vendido como seminovo.
Essa soma de propósito e transparência passa a ser muito importante na hora de consumir. Design e preço já não têm todo esse valor de marca.
Experience Driver
O varejo acaba sendo guiado pela experiência. As lojas repensam a disposição dos produtos, do caixa, a escolha do projeto arquitetônico, a localização, tudo em função da experiência, diferentemente do passado, quando temas como capacidade de estoque eram importantes. Ou seja, a experiência é o que norteia todo o processo.
Co-Brand
Não me lembro de tantas marcas trabalhando em parceria como hoje para ter produtos exclusivos e em quantidades limitadas. Há o fenômeno dos resellers, no qual as pessoas raramente são compradores que vão utilizar os produtos (são intermediárias), mas sabem que vai esgotar e que é exclusivo, e essa exclusividade tem um valor. Compram e criam um mercado paralelo. Ou as marcas convidam designers e nomes conhecidos do mercado para novas criações.
Mas o que esperar de 2020?
Pelo movimento que vejo nas empresas, 2020 vai ser o ano em que realmente as organizações vão efetivar o trabalho no digital, seja e-commerce in ou out, uso de novas tecnologias, o omnichannel, mas principalmente na questão de transformação, trabalhando com sistemas, desenvolvendo softwares e experiências dentro das marcas.
2019 foi o ano em que as pessoas começaram a trabalhar essa mudança de paradigma (entenderam que o digital é um caminho sem volta) e gastaram tempo e verba tentando entender, inserir e se aprofundar nessa transformação. E 2020 será o ano que realmente os consumidores perceberão isso.
Fonte: Portal Consumidor Moderno

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