Educação financeira infantil

Saiba porque é importante incentivar a educação financeira infantil e ensinar as crianças a ter uma relação consciente e saudável com o dinheiro

Ter uma atitude responsável e consciente em relação ao dinheiro é algo que, desde cedo, devemos ensinar às crianças e adolescentes, para que eles criem noção de valor e tenham um uma base sólida para uma vida adulta estável.
Para criar essa relação saudável com o dinheiro, é preciso investir no conceito de educação financeira infantil e incentivar o conhecimento. Este é um recurso importante e que pode evitar futuros endividamentos ou um comportamento consumista exagerado na vida adulta.
Mas como fazer com que as crianças entendam a importância de economizar, aprendam o básico sobre finanças e levem esses ensinamentos para toda a vida? “Para educar financeiramente uma criança, os pais precisam ter em mente a importância dos seus próprios atos. A educação precisa ser sempre pautada em regras e limites. A criança deve perceber as consequências de cada atitude”, diz o psicólogo Yuri Busin.
“O assunto pode fazer parte da vida da criança desde sempre, já que a conversa sobre o tema deve acontecer naturalmente entre a família. E conforme ela for crescendo, pode-se aproveitar para promover uma educação financeira de fato. A partir do momento que ela consegue se comunicar e entender as quantidades, pode-se começar a explicar que com a mesma nota de dinheiro, ela pode comprar dois brinquedos X ou apenas um brinquedo Y, por exemplo”, completa Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Evite o consumismo

Os hábitos e comportamentos que temos perto das crianças são absorvidos por elas e entendidos como algo natural e positivo. Afinal, somos os exemplos que eles têm como base.
Nem sempre todas as nossas atitudes em relação ao dinheiro são saudáveis. Como pais ou até mesmo irmãos mais velhos, mesmo sem intenção, influenciamos os mais novos ao adquirimos algo que, na verdade, não temos uma real necessidade.
Ensine-os a diferenciar o que é necessário, o que é supérfluo e o que é um total desperdício de dinheiro. “Se o seu filho gosta de surfar, ter uma prancha pode ser necessário, mas ter uma prancha de marca é supérfluo.  Se ele nem vai à praia e não tem interesse em aprender a surfar, aí é simplesmente um desperdício”, explica Celina Machado, educadora financeira e PhD em psicologia cognitiva com o livro Filhos: seu melhor investimento (Ed. Elsevier).
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As 4 principais lições de educação financeira infantil

Selecionamos algumas dicas essenciais de educação financeira infantil para você estimular seus filhos a ter uma atitude mais responsável em relação ao dinheiro e aos bens materiais:

1.Mesada ou semanada

O sistema de mesada, em que é dado aos filhos um valor por mês (ou semanada, por semana, ideal para os mais novos) é um dos melhores métodos para ensinar as crianças a lidarem com o dinheiro. É uma forma prática para eles começarem a vivenciar a relação com o dinheiro e calcularem seus gastos.
O ideal é que se inicie com uns 7 ou 8 anos, quando eles começam a aprender matemática básica. Vale a pena estabelecer um valor fixo que pode mudar de acordo com a idade, mas nada muito alto, só o suficiente para os possíveis gastos da faixa etária dele com cinema e lanches, por exemplo. “Não há fórmula mágica pronta. Não tenha medo de errar: comece com valores e intervalos de tempo menores e, aos poucos, conforme a criança for demonstrando que está madura para lidar com o dinheiro, aumente. A quantia vai depender dos gastos e da rotina que a criança tem e, claro, dos limites financeiros da família”, aponta Marcela.
O mais importante é ensinar a economizar, para que a criança saiba como usar o dinheiro com o que quer, mas sem gastar tudo num único dia.
Mais dicas sobre semanada

2.Limites

Os valores em dinheiro dados para as crianças nas mesadas ou semanadas devem ter um limite e não devem ser complementados caso a criança gaste tudo em pouco tempo.
Isso porque o objetivo da mesada regular é que elas aprendam a enquadrar seus gastos dentro do valor dado. “Não adianta dar mais dinheiro toda vez que pedirem. Se não, você ensina a, quando adultos, entrar no cheque especial”, argumenta Vignoli. Além de poupar para algo maior, é importante lembrá-los que assim como um salário de um adulto, a mesada ou semanada tem data certa e é preciso ter paciência até receber a próxima, se organizando para que o dinheiro dure até lá.
Ensine o limite do dinheiro

3. Noção de valores

Significa ter uma noção do quanto cada coisa realmente vale – se o seu preço é de acordo ou não, se um produto é essencial ou não…
Todas essas questões são complexas para as crianças, dependendo da idade e da maturidade de cada uma. Explicar e demonstrar estes conceitos é muito importante. “Muitas vezes, as crianças não conseguem diferenciar, por exemplo, o tênis de centenas de reais do carro de milhares de reais. Para eles, é tudo a mesma coisa”, exemplifica Vignoli. Cabe a você ajudar seus filhos a entender melhor tudo isso conversando e explicando à medida que as dúvidas e oportunidades aparecerem.
Ensine o valor do dinheiro

4. Poupar e traçar objetivos

É essencial ensinar de forma prática os pequenos a poupar, mostrando o seu próprio exemplo com gastos pessoais e da casa, para que, então, isso se torne um hábito de toda a família.
Pais organizados financeiramente conseguem passar noções mais saudáveis de economia aos filhos. Explique que, para conseguir algumas coisas que são mais caras, é preciso fazer um planejamento antecipado e guardar uma parte do dinheiro para este objetivo – por exemplo, uma viagem ou um curso.
“Conforme a criança vai crescendo, vai ficando natural e mais fácil para ela entender o longo prazo. Com isso, você consegue mostrar que, caso ela deixe de comprar uma bala hoje e outra amanhã, na semana que vem pode comprar um chocolate mais gostoso”, diz Marcela.
Assim, desde cedo você as estimula a pensar em objetivos e ensina como se organizar para não gastar de forma irresponsável e conseguir atingi-los.
Fonte:SPC Brasil

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