Controlar estoque nas pequenas empresas, o dilema!

Quando se fala em controlar estoque em pequenas empresas, a primeira objeção levantada é o custo e tempo de fazê-lo e qual será a vantagem de saber o valor. Tradicionalmente, deve-se repor o produto quando ele estiver acabando, eis a regra infalível! Podemos dizer que é infalível do ponto de vista do vendedor, mas se o fornecedor tem condições para o fornecimento que envolvem quantidade mínima, prazo de entrega, periodicidade dos pedidos e claro negociação de preço de acordo com o volume, exige tratativas diferentes, por fim, para ser competitivo é necessário gerenciar muito bem o estoque para não afetar o caixa, pois uma empresa pode apresentar lucros todos os meses, porém se o estoque estiver cheio, pode estar faltando dinheiro na empresa.
O uso mais formal do valor de estoque é para definir o resultado da empresa, se comercio é o Custo da Mercadoria Vendida e Custo de Produto Vendido para indústria. Na demonstração de resultado aparece subtraindo a Receita Liquida (Vendas – devoluções e impostos), o resultado dessa subtração é o Lucro Bruto da empresa. Este uso é obrigatório para elaboração das declarações que devem ser entregues a Receita Federal pelo contador.
Outro uso valioso é na contabilidade gerencial da empresa, na qual é utilizada para definir a Margem de Contribuição quando apurado por categoria ou item, analise importantíssima para definir precificação, políticas comerciais e até mesmo o mix de produtos da empresa.
O uso mais operacional e também o mais complexo é a administração do giro do estoque, nesse ponto, o estoque deve ser estar atualizado diariamente, as compras de acordo com o giro de estoque combinada com negociações de preço exigência eficiência no controle do estoque, pois o recurso financeiro da empresa é amplamente usado na intenção de gerar lucro, falhas neste controle podem gerar dificuldades financeiras como o uso excessivo do capital de giro.
No departamento financeiro é utilizado o valor de estoque para analisar o balanço financeiro da empresa, com a finalidade de analisar índices de liquidez. A finalidade dessa analise é avaliar se a empresa tem recursos suficientes para pagar seus fornecedores, o ponto mais sensível é quando se tem pouca disponibilidade em caixa e banco e as vendas a receber também estão baixas e o estoque esta com muitos produtos, é a famosa situação de “estoque parado”, esta situação gera inadimplência junto aos fornecedores quando as vendas demoram a alavancar. Outra analise é apurar o estoque com base no preço de venda, o resultado será o faturamento se todo o estoque fosse vendido, nesse ponto, se houver divergências no controle do estoque, podem surgir problemas para avaliar a liquidez real da empresa.
As ações necessárias para controlar o estoque são gerenciar de forma eficiente a entrada de notas fiscais e implantar inventários mensais, no ultimo dia do mês, após o estabelecimento fechar, à médio prazo implantar contagens semanais de certas categorias para controlar também as perdas de estoque, principalmente dos produtos com maior valor agregado. Esse inventario ao fim do mês possibilitará calcular o CPV ou CMV, visto que a formula é “estoque inicial + compras – estoque final”, obter esse valor é essencial para definir se o negócio está apresentando lucro ou não.
Por fim, parece muito trabalho para o empresário, porém as vantagens de se ter o controle de estoque compensam muito, apurar o lucro, definir margens de contribuição, giro de estoque e analise da liquidez da empresa. Estas informações tem por finalidade garantir a continuidade da empresa, para que ela possa crescer de forma saudável.
Fonte: Administradores.com

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